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Negligência e falta de ambulância, resultou na morte de jovem em Nioaque

 

Foto: Divulgação rede social 

A espera por justiça, família de Anderson Costa, de 21 anos, conhecido como “Costinha”, finalmente entrou com processo judicial, contra a Prefeitura de Nioaque, a 72 quilômetros de Aquidauana.

Costinha faleceu no dia 19 de janeiro deste ano, depois de passar mal durante uma partida da Copa Comércio Municipal, em Nioaque.

A família entrou com uma ação pedindo indenização por danos morais e materiais. Já não bastasse a situação em que se encontra a pequena Nioaque, logo após a tragédia foi enviado ao Jornal A Princesinha News, um áudio onde a Secretária de sSaúde do município diz que não era para usar a ambulância nova.

Conforme o site local, Nioaque Online, na ação a justificativa é de que no momento entre o chamado e o início do atendimento foram aproximadamente 8 minutos, persistindo por mais de 40 minutos o procedimento de PCR (parada cardiorrespiratória) até declarar o óbito do jovem Anderson.

Não havia ambulância no local e a Secretaria de Saúde de Nioaque justifica que não recebeu ofício para encaminhar ambulância para a partida. Devido à demora, o jovem foi colocado na carroceria de uma picape e levado ao hospital municipal, mas, morreu logo após dar entrada.

Ainda conforme o site , na ação, o advogado Fábio Trad mostra que há informações divergentes. “É fato incontroverso que não existia ambulância no local onde estava sendo realizada a partida de futebol, lembrando que o evento foi promovido pelo Município de Nioaque organizado pela Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer e Departamento de Esportes, órgãos pertencentes ao Município réu”.

“A ambulância solicitada acabou não indo ao local e, diante da emergência da situação, o jovem atleta foi levado ao hospital por meio de carro de amigos, deu entrada ao hospital do município, foi lá atendido, mas, apesar do atendimento, acabou vindo a óbito”, diz o documento.

“Importante esclarecer que a certidão de óbito informa que a causa da morte foi edema agudo de pulmão, arritmia cardíaca, sendo a hora provável do falecimento ocorrido por volta das 20:00 horas”.


Sendo assim, a família do jogador decidiu por lutar pelos direitos do seu ente querido que não foi respeitado.

“Diante dos fatos incontroversos, tem-se que ocorreu conduta omissiva do ente municipal réu desta ação, omissão específica que, gera, para o réu, o dever de indenizar os danos morais e materiais sofridos pelos autores, quais sejam, danos oriundos da perda do filho, cuja chance de sobrevivência foi destruída pela conduta omissiva do ente público municipal”, explica a petição.

Lucilene dos Santos Costa, mãe de Costinha diz estar arrasada com a morte do filho, que poderia estar vivo neste momento. “Eu me sinto devastada, desolada e injustiçada porque se socorresse meu filho a tempo ele estaria salvo”.

Com a ação espera que os culpados sejam punidos com o rigor da lei. “Espero justiça. Nunca mais verei meu filho, mas a reparação vai mostrar que tem justiça neste mundo”, finaliza.

Anderson já jogou em vários times profissionais de Mato Grosso do Sul e atualmente representava o time “Barbearia do Vale”. O time Aquidauanense emitiu uma nota sobre o falecimento do atleta. “A diretoria do Aquidauanense Futebol Clube e toda sua comissão técnica lamentam profundamente o falecimento do atleta Anderson. Costinha foi atleta do Aquidauanense da categoria sub-20 e fez parte também do elenco profissional. O atleta foi vice-campeão estadual sub-20, disputou a Copa São Paulo e a Copa Verde pelo azulão. Era um atleta muito querido por todos e criou um ciclo de amizade muito grande em Aquidauana e Anastácio”.

Abaixo, um vídeo o da senhora Lucilene, mãe de Anderson.



Por: Amanda Cristina - Jornal A Princesinha News 

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