Foto: Divulgação/G1 |
Emillyn Bressan precisou procurar atendimento médico quando seu ombro esquerdo começou a doer e não parou mais.
Ela passou por vários profissionais e sempre ouvia que era apenas dormência por se apoiar demais em cima do ombro ou dormir de um jeito só, mas a dor não passava.
Até que um médico novo em Coxim (MS) resolveu investigar melhor e pediu um raio-x.
Depois do exame, a menina de apenas 10 anos descobriu que era portadora de uma doença raríssima.
A menina foi para São Paulo há cerca de 6 meses, fazer tratamento no Hospital de Barretos e lá descobriram que o tipo de câncer que ela estava, sarcoma com rearranjo de CIC, só tinha registro de outro caso semelhante, ocorrido nos Estados Unidos.
Com o avanço do tratamento e as sessões de quimioterapia, o cabelo de Emillyn começou a cair. Aos 11 anos, entrando na fase da adolescência, ela adiou ao máximo que conseguiu para raspar a cabeça.
Mas foi inevitável e quando o dia chegou, foi a mãe dela, Edna Bressan, que raspou o cabelo da filha.
O Emillyn não esperava, é que um gesto de apoio a quase 700 km de distância, iria aparecer para dar-lhe força para continuar o tratamento. 17 amigos do pai dela, Gilmar Bressan, resolveram raspar o cabelo em sua homenagem.
Gilmar é mototaxista em Coxim e participa do grupo "A tribo do véio Zé", que existe há 13 anos. O integrante Claudeir de Oliveira Rodrigues, 39 anos, explicou que todos acompanham de perto as atualizações do estado de saúde de Emillyn e foi um dos pilotos deu a ideia depois que viu como a menina ficou triste.
"Ele (Gilmar) comentou que ela estava resistente de raspar o resto do cabelo dela e estava bem triste. Na quarta passada (30) ela resolveu cortar e a mãe dela mandou o vídeo para nós. Aí na sexta (1º) fizemos esta homenagem para ela, de força", disse.
Quando recebeu as imagens, a menina se emocionou.
Reprodução de vídeo |
"Obrigada gente por terem raspado a cabeça por mim, eu amo cada um de vocês, muito obrigada", disse Emillyn em um vídeo de agradecimento.
No entanto, não foi o primeiro gesto de força que os trilheiros fizeram. São 70 participantes ao todo e todos ajudam financeiramente a família Bressan, para que mãe e filha se mantenham na cidade de Barretos durante o tratamento.
Juntos, o grupo já arrecadou cerca de R$ 25 mil.
"Estamos ajudando no possível para custear o tratamento e para eles viverem lá. A mãe dela está desempregada e o Gilmar trabalha de mototáxi aqui, está difícil uma pessoa manter o custo alto em cidades diferentes. Por isso que estamos ajudando eles para não perderem a esperança e se afundar nas dívidas né", ressaltou Claudeir.
Por: Luana Moura - Jornal A Princesinha News
*Créditos: G1*