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O caso teve início durante a madrugada da sexta-feira, dia 22, no plenário virtual da Corte. Contudo, um pedido de destaque apresentado pelo ministro Luís Roberto Barroso interrompeu temporariamente o processo. Esse pedido de destaque é uma solicitação para que o julgamento ocorra no plenário físico, onde as discussões são mais detalhadas e amplas.
Conforme o site Agência Brasil, análise do caso no STF foi motivada por uma ação protocolada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em 2017. O PSOL argumenta que a interrupção da gravidez até a 12ª semana não deveria ser considerada um crime. A legenda alega que a criminalização impacta a dignidade da pessoa humana e prejudica, sobretudo, mulheres negras e de baixa renda.
Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto em casos de estupro, risco à vida da gestante ou fetos anencéfalos. O debate sobre a ampliação das situações em que o aborto é permitido tem gerado intensos argumentos de ambos os lados da discussão.
Rosa Weber é a ministra responsável por relatar essa ação, mas ela deixará o tribunal na semana que vem ao completar 75 anos, idade em que ocorre a aposentadoria compulsória. Ela será substituída por Luís Roberto Barroso, que assume a posição no dia 28 de setembro.
A transição na relatoria desse caso importante acrescenta ainda mais complexidade e interesse a essa questão que envolve a vida, a saúde e os direitos das mulheres no Brasil.
Por: Luana Moura - Jornal A Princesinha News