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Mato Grosso do Sul enfrenta um aumento alarmante nos casos de acidentes por picadas de escorpiões neste ano. Em setembro passado, a média mensal já superou os números de todo o ano de 2022, com uma incidência significativa em áreas urbanas, como em Campo Grande.
O caso mais recente envolve uma bebê de apenas 1 ano, que foi internada no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul após ser atacada em casa. O veneno do escorpião atingiu seu coração, destacando a gravidade desses incidentes.
Em 2022, o estado registrou 267 ataques, com uma média de 22 por mês. No entanto, de janeiro a setembro de 2023, esse número aumentou para 334, representando uma média mensal de 37 casos, ou seja, 11 acidentes por dia.
Os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) revelam um aumento constante nas mortes por picadas de escorpião em Mato Grosso do Sul desde 2011. Em 2022, atingiu o pico de 10 vítimas fatais, uma elevação preocupante se comparada às duas mortes registradas em 2011 e 2013.
O superintendente estadual do Ministério da Saúde aponta uma possível causa para esse aumento: a reestruturação do Ciatox, que anteriormente oferecia atendimento especializado no Hospital Regional, mas agora funciona como um centro de informações para profissionais de saúde. Essa mudança pode ter impactado negativamente na qualidade do atendimento, especialmente em casos graves que exigem transferência.
As altas temperaturas e ambientes úmidos, comuns na região, propiciam o abrigo desses aracnídeos, especialmente em esgotos, fossas e entulhos. O Ministério da Saúde recomenda medidas preventivas, como vedar espaços de entrada e manter ambientes externos limpos.
Apesar da preocupação, a Secretaria Estadual de Saúde destaca que o Ciatox opera 24 horas por dia, com plantonistas na equipe, negando dificuldades no atendimento. No entanto, a população deve permanecer vigilante, especialmente crianças, que têm sido as principais vítimas, com casos recentes em Ribas do Rio Pardo e Brasilândia.
Em meio a essa crescente preocupação, é crucial adotar medidas preventivas rigorosas para conter a incidência desses acidentes e garantir um atendimento eficaz aos afetados.
Por: Iara Francisco - Jornal A Princesinha News
*Com algumas informações do Mídia Max*