Foto: Redes Sociais |
No dia 25 de julho de 2023, Júlio Cesar Miranda dos Santos, de 39 anos, chocou a população de Anastácio ao ser preso pelo brutal assassinato de sua ex-mulher, Adriana Pereira, de 36 anos. O crime aconteceu em um domingo, 23 de julho, e foi presenciado pela filha do casal, de apenas 9 anos.
Segundo informações da Polícia Civil, o homem se entregou às autoridades em Anastácio, na presença de um advogado, e confessou o crime. Após sua prisão, ele foi encaminhado para um presídio, onde aguarda o julgamento.
A prisão preventiva de Júlio havia sido decretada no dia seguinte ao crime, em 24 de julho. Além disso, a atual namorada de Júlio, uma mulher de 41 anos, também foi detida em Aquidauana no mesmo domingo. Munição foi encontrada em sua residência.
Adriana, vítima de violência doméstica anterior por parte de seu ex-marido, já havia registrado diversas ocorrências e possuía medida protetiva que impedia Júlio de se aproximar dela. No entanto, isso não foi suficiente para evitar a tragédia que se desenrolou.
Arma usada no crime |
O assassinato foi de extrema brutalidade, com quatro tiros atingindo as costas de Adriana e um quinto provocando ferimentos em um de seus braços. Ela foi imediatamente socorrida por seu cunhado, mas não resistiu e faleceu no pronto socorro de Aquidauana.
A delegada titular de Anastácio, Karolina Souza Pereira, enfatizou que se trata de um "feminicídio majorado" devido ao fato de ter sido cometido na frente da filha do casal, uma menina de apenas 9 anos. Isso agravou ainda mais a gravidade do crime e pode resultar em uma pena mais severa para o réu.
Nesta terça-feira (07), no Tribunal do Júri da comarca de Anastácio, na Av. Jk, 1445, começa o julgamento de Júlio Cesar Miranda dos Santos. O caso tem gerado comoção na comunidade e chamado a atenção de pessoas que lutam pelo fim do feminicídio e pela justiça às vítimas desse tipo de crime.
No último domingo, familiares, amigos e ativistas se reuniram na praça Arandú, no centro de Anastácio, em uma manifestação pacífica em memória de Adriana Pereira.
A filha do casal presenciou a mãe sendo morta |
Vestindo camisetas com a imagem da vítima, carregando balões, cartazes e uma faixa, eles demonstraram seu apoio à justiça e ao combate à violência de gênero. O movimento destaca a importância de fazer justiça em casos de feminicídio e de conscientizar a sociedade sobre a gravidade desse tipo de crime.
O julgamento que se inicia hoje às 13h00, representa um passo importante na busca por justiça no caso de Adriana Pereira. A população espera que a justiça seja feita e que este caso sirva como um exemplo na luta contra a violência de gênero e o feminicídio. A presença da família e dos ativistas no tribunal demonstra a determinação de garantir que crimes como esse não fiquem impunes e que as vítimas recebam o devido amparo e proteção.
Por: Luana Moura - Jornal A Princesinha News