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As duas crianças, de 11 e 3 anos, que foram brutalmente torturadas e queimadas pelo ex-namorado da mãe em Sidrolândia, a133 km de Aquidauana, em dezembro do ano passado, seguem em recuperação na Santa Casa de Campo Grande. O agressor, identificado como Lucas Cáceres Kempener, foi morto em confronto com policiais do Garras na manhã de quarta-feira (24).
A mais velha, segundo informações da Polícia Civil, permanece em estado crítico, em coma, com 80% do corpo queimado, traumatismo craniano, o braço direito amputado, assim como parte de uma das pernas e dedos. A delegada responsável pelo caso, Barbara Fachetti, revelou em entrevista coletiva que Lucas ateou fogo diretamente nas meninas com o auxílio de álcool, sendo a garrafa do produto encontrada e apreendida na residência.
A criança mais nova saiu do coma e se recupera junto à família, porém, está visivelmente traumatizada com os eventos ocorridos.
No dia do crime, Lucas entrou na casa das vítimas pela quarta vez, utilizando um terreno baldio ao lado da residência. As crianças, que normalmente ficavam sob os cuidados de uma tia, estavam sozinhas neste dia, pois a tia não estava no momento, e a mãe precisou trabalhar.
As vítimas foram encontradas desacordadas dentro da residência por vizinhos, que prontamente acionaram os serviços de emergência para socorrê-las. O agressor, considerado perigoso e com histórico de ameaças à mãe das crianças e suas amigas, já havia sido preso anteriormente em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Morte do criminoso
Lucas Cáceres Kempener, foi morto em confronto com policiais do Garras na manhã de quarta-feira (24). |
A equipe policial estava na cidade nesta quarta-feira (24), para cumprir um mandado de prisão contra Lucas, quando ele reagiu e ocorreu o confronto. O homem foi abordado em uma oficina mecânica na Rua Aquidauana e efetuou disparos contra a polícia, sendo socorrido após ser atingido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Lucas ainda era investigado pelo estupro da criança de 11 anos.
Incêndio
A mãe das crianças estava no trabalho, em dezembro de 2023, quando o incêndio começou, sendo alertada pelos vizinhos. Ela confirmou que havia deixado as crianças sozinhas para trabalhar, mas afirmou que os vizinhos sempre estavam atentos à segurança das crianças.
Uma vizinha que acionou o resgate disse ter visto um homem alto, de aproximadamente 1,90 metros, vestindo shorts, camiseta branca e tênis, saindo do terreno da residência. Ele estava em uma motocicleta Honda, de cor vermelha, e teria dito que iria buscar ajuda e, em seguida, foi embora.
A mãe disse à polícia, na época, que suspeitava que o incêndio teria sido provocado por seu ex-cônjuge, que a ameaçou várias vezes após o fim do relacionamento. As crianças foram transferidas para a Santa Casa acompanhadas pela mãe.