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Aumento alarmante de feminicídios em Mato Grosso do Sul: um triste reflexo do machismo estrutural

Foto: Reprodução Campo Grande News

 

A poucos dias do encerramento do mês que celebra o Dia Internacional da Mulher, Mato Grosso do Sul é assolado por uma triste realidade: dez feminicídios já foram registrados, um aumento de 66% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses números impactantes, divulgados pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), evidenciam uma jornada de violência e dor que ceifa vidas femininas de forma brutal e implacável.

Neste trágico cenário, as histórias de Renata, Dayane, Gilvanda, Marta, Gisely, Gisieli, Joelma, Mayara, Maria e Luciene se entrelaçam em um mosaico de tragédia e injustiça.

Em Campo Grande, na noite de 22 de março, Renata Andrade de Campos Widal, de 39 anos, e Dayane Xavier da Silva, de 29 anos, tornaram-se vítimas desse crime hediondo. Renata foi brutalmente assassinada pelo próprio irmão, João Bosco Campos Widal, de 36 anos, no Jardim Centenário. Dayane foi vítima de seu próprio marido, Thiago Echeverria Ribeiro, de 28 anos, que a esfaqueou no Bairro Nova Campo Grande. Ambos os agressores estão sob custódia.

No dia 21 de março, em Três Lagoas, Gilvanda de Paula e Silva, de 42 anos, foi perseguida e morta a tiros pelo ex-companheiro, Pedro Henrique Amaral, de 26 anos, enquanto se dirigia a um velório. Em Coxim, no dia 21 de janeiro, Marta Leila Silva Neto, de 37 anos, foi brutalmente esfaqueada pelo marido, Sipriano Nascimento de Oliveira, de 52 anos.

Dias antes, em 28 de fevereiro, Gisely Duarte Galeano, de 35 anos, sucumbiu às graves lesões sofridas após ser espancada pelo marido, Fernando Chucarro Dias, de 35 anos, em Dourados. Sua vida foi ceifada pela violência doméstica.

Em um caso ainda mais chocante, Gisieli de Souza, de 28 anos, foi morta a facadas pelo próprio irmão, Giovani de Souza, de 25 anos, em Dourados, no dia 24 de fevereiro.

Estes são apenas alguns dos trágicos relatos que compõem o quadro alarmante de feminicídios em Mato Grosso do Sul. O aumento desses crimes é um reflexo do machismo estrutural enraizado na sociedade, como destaca o professor doutor Asher Brum, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Neste contexto de dor e violência, é essencial que medidas efetivas sejam tomadas para proteger as mulheres e combater o machismo em todas as suas manifestações. A luta contra o feminicídio não pode esperar.



Por: Amanda Cristina - Jornal A Princesinha News


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