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| Foto: Ilustrativa |
No dia 19 de abril, a Polícia Civil, através da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Dourados, tomou conhecimento de um crime de estupro e furto ocorrido na noite anterior, próximo ao Anel Viário. A vítima, K.C.R.A, de 29 anos, foi ouvida no Hospital Universitário, onde também realizou exames periciais de lesão corporal e sexológico.
Segundo as investigações, a vítima retornava de bicicleta para casa após o trabalho quando foi abordada por um indivíduo dirigindo uma pick-up branca, modelo antigo. K.C.R.A relatou que o agressor tentou colocá-la no veículo. Ao resistir, ela foi agredida e teve suas roupas arrancadas. Após ser golpeada com um objeto contundente, a vítima desmaiou e acordou com lesões no rosto, queixo, dores na região pélvica e sem suas roupas. Além do estupro, o agressor roubou o celular da vítima.
No dia seguinte, a equipe de investigação, em diligências na Aldeia Indígena, descobriu que outra mulher quase foi abordada por um indivíduo com descrição e veículo semelhantes. A testemunha relatou que o homem diminuiu a velocidade do carro e abriu a janela ao passar por ela, que rapidamente se afastou para um local seguro.
A equipe conseguiu rastrear o celular da vítima, que estava sendo utilizado por uma terceira pessoa identificada através do IMEI. O chip inserido no aparelho estava registrado em nome de outra pessoa, levando à identificação de J.C.C.R, de 37 anos, que foi preso em flagrante na quinta-feira (16).
Na abordagem, J.C.C.R estava com o celular da vítima no bolso e possuía características compatíveis com as descritas pela vítima, além de possuir um carro semelhante. J.C.C.R conhecia bem as Aldeias Indígenas, pois prestava serviços no local.
A análise dos dados armazenados em nuvem do celular, via aplicativo Maps, confirmou que J.C.C.R estava no local e no momento em que os crimes ocorreram. A testemunha que quase foi abordada reconheceu o veículo de J.C.C.R devido a um amassado na porta dianteira do motorista.
A esposa de J.C.C.R, em depoimento, afirmou que ele prestava serviços na Aldeia e frequentemente aparecia com celulares novos em casa, sem recibos ou notas fiscais. A equipe de investigação encontrou outros quatro celulares na residência, suspeitando que também foram roubados.
Além dos crimes de 18 de abril, a polícia acredita que J.C.C.R pode ser responsável por um furto ocorrido em 2023, já que um celular roubado foi utilizado logo após o crime com um chip registrado em nome de sua esposa. As descrições físicas e do veículo também são compatíveis.
Com esses elementos, a Autoridade Policial solicitou a prisão preventiva de J.C.C.R, concedida pela 2ª Vara Criminal. O inquérito será finalizado após o reconhecimento de pessoa pela vítima e testemunha, e o resultado do exame sexológico será aguardado para confronto de material genético.
Por: Luana Moura - Jornal A Princesinha News
