Publicidade

Sobe para sete o número de mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul

fastcompanybrasil

A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou nesta quarta (29) mais duas mortes por leptospirose no Estado. Agora, já são sete vítimas da doença que tem contaminação facilitada por enchentes que afetam cidades gaúchas desde o fim de abril. Análises do Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmaram a infecção das vítimas, dois homens, de 56 e 59 anos, que moravam em Porto Alegre e Canoas. Outros 10 óbitos seguem sob investigação e 141 casos já foram confirmados. Outros 1920 casos estão em investigação.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quarta-feira (29) que o Rio Grande do Sul pode chegar a 1.600 casos de leptospirose devido às fortes chuvas e enchentes que atingem o estado.

Segundo o R7, devido ao cenário, Nísia pediu à população que não espere a confirmação da doença para procurar atendimento médico. “Há preocupação com leptospirose. Sempre devemos não só lamentar as mortes, mas dizer que há tratamento, e, por essa razão, recomendamos que não se espere a confirmação do diagnóstico. O tratamento se dá a partir do momento de verificação dos sintomas. É fundamental que as pessoas não se automediquem. Há estimativas de que podemos chegar a ter quatro vezes o número de casos que tivemos em 2023, quando foram registrados 400 casos no estado. Há também muita subnotificação, mas o mais importante é o alerta e essa compreensão de risco”, declarou, durante coletiva de imprensa de ministros no Rio Grande do Sul.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode estar presente na água ou na lama de locais com enchentes. “O contágio ocorre através do contato da pele com a água contaminada ou por meio de mucosas”, reforça a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul.

COMO É A TRANSMISSÃO DA LEPTOSPIROSE?

A doença é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira.

Os sintomas podem surgir de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a até 30 dias. Na ocorrência de febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios, a população é orientada a buscar atendimento no serviço de saúde.

Diante da notificação, a secretaria alerta para a importância de a população procurar um serviço de saúde caso observe os seguintes sintomas: Febre; Dor de cabeça; Fraqueza; Dores no corpo (em especial, na panturrilha); Calafrios.

Além disso, diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular e tosse também podem ocorrer.

Segundo a SES, o tratamento da doença é iniciado imediatamente diante da suspeita comprovada por profissionais da saúde. Casos leves recebem atendimento ambulatorial enquanto ocorrências mais graves necessitam de hospitalização imediata.

ORIENTAÇÕES A SEREM SEGUIDAS

Nos locais que tenham sido invadidos por água da chuva, recomenda-se fazer a desinfecção do ambiente com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água. Mantenha os alimentos guardados em recipientes bem fechados.

Mantenha a cozinha limpa e sem restos de alimentos e retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer. Mantenha o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais ajudam a evitar a presença de roedores.

A luz solar também ajuda a matar a bactéria. Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas. Se não for possível, é indicado o uso de botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).

Para o controle dos roedores, também recomenda-se a desinfecção e vedação de caixas d’água, vedação de frestas e aberturas em portas e paredes, etc. O uso de raticidas (desratização) deve ser feito somente por técnicos devidamente capacitados.



Por: Luana Moura - Jornal A Princesinha News

Postagem Anterior Próxima Postagem

Publicidade

Publicidade