Publicidade

PMs que mataram ex-vereador de Anastácio continuam presos e podem responder por homicídio qualificado

Dinho Vital está de chapéu e camisa verde na foto ao lado de camisas azuis, Bruno e Valdeci
 
A morte de Wander Alves Meleiro, conhecido como Dinho Vital, ex-vereador de Anastácio, no dia 8 de maio, durante uma confraternização em uma chácara próxima ao município, ganhou novos desdobramentos nas investigações. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) sustenta que a vítima não teve chance de defesa e acusou os policiais militares Valdeci Alexandre dos Santos e Bruno César Malheiros dos Santos de homicídio qualificado.

Segundo as investigações, Dinho Vital foi morto por tiros disparados pelos policiais, que estavam à paisana durante a comemoração do aniversário de municipalização da cidade. Um dos tiros transfixou seu tórax, saindo pelo peito, enquanto outro projétil atingiu a região lateral, de baixo para cima. 

O laudo necroscópico e a perícia técnica indicam que Dinho foi atingido nas costas, tentando fugir dos policiais. A análise do MPMS aponta que nenhum cartucho de munição deflagrado foi encontrado perto da vítima, e que as perfurações no veículo de Dinho eram de trás para frente, descartando a alegação de troca de tiros feita pelos policiais. 

Com base nessas evidências, o MPMS denunciou Valdeci e Bruno César por homicídio qualificado, argumentando que o crime foi motivado por uma discussão política anterior e realizado de maneira que colocou outras pessoas em perigo. A defesa dos policiais, representada pelo advogado Lucas Arguelho, contestou as provas apresentadas pelo MPMS, afirmando que elas foram unilaterais e sem considerar a versão dos acusados. 

A investigação da corregedoria da Polícia Militar

Em contrapartida, a Corregedoria da Polícia Militar inocentou os policiais, baseando-se em uma investigação que envolveu a análise das imagens de câmeras de segurança de um posto de combustíveis próximo ao local do crime. A reação de um cachorro registrada pelas câmeras foi crucial para determinar o exato momento dos disparos, contradizendo a versão da esposa da vítima, que afirmou que os policiais chegaram atirando.

A Corregedoria analisou a sequência temporal dos eventos capturados pelas câmeras, concluindo que houve um intervalo de 29 segundos entre a chegada do veículo dos policiais e o início dos disparos, refutando a alegação de que os policiais não deram chance de rendição a Dinho Vital. Os policiais afirmaram que pararam o carro, pediram para Dinho se render, e só atiraram em legítima defesa após uma suposta tentativa de agressão.

Contexto da morte e prisões

A morte ocorreu após uma discussão em uma festa na chácara, relacionada ao aniversário de Anastácio e uma disputa política local. Dinho Vital foi expulso do evento após insultar o ex-prefeito Douglas Figueiredo. Mais tarde, retornou armado e foi encontrado na rodovia próxima à festa. Os policiais, que estavam presentes na festa, alegaram ter tentado conter Dinho devido ao temor de um possível atentado contra Figueiredo.

Após a morte, Valdeci e Bruno César foram presos temporariamente, mas agora a prisão foi convertida em preventiva e os PMs foram transferidos para o presídio.

Defesa dos Policiais

A defesa dos policiais insiste que eles agiram em legítima defesa e no cumprimento do dever legal. Em nota, o advogado Lucas Arguelho Rocha afirmou que confia que a verdade será esclarecida e que as investigações foram conduzidas de maneira imparcial e justa, reafirmando que os policiais nunca atuaram como seguranças privados na festa.

Este caso continua a evoluir, com a expectativa de que novos desdobramentos possam surgir à medida que o processo judicial avança e mais evidências sejam apresentadas e analisadas.




Por: Lucas Lima - Jornal A Princesinha News 

Postagem Anterior Próxima Postagem

Publicidade

Publicidade

Publicidade