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"Maníaco da Cruz" ataca Policiais Penais durante banho de sol em Campo Grande

Foto: Correio do Estado

Dyonathan Celestrino, conhecido como “Maníaco da Cruz”, voltou a protagonizar episódios de violência dentro do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG) neste sábado (28). Internado em uma ala psiquiátrica, Dyonathan atacou policiais penais durante o banho de sol, por volta das 16h45, ao se recusar a retornar para sua cela. A equipe de segurança precisou usar escudos para contê-lo, mas o interno reagiu de forma agressiva.

Durante o confronto, Dyonathan arremessou urina, armazenada em uma garrafa pet, contra os agentes, atingindo o corpo e o olho direito de um dos policiais. Segundo informações, este tipo de conduta é recorrente, com o "Maníaco da Cruz" frequentemente usando dejetos biológicos para agredir servidores do presídio.

Este não foi o primeiro ataque violento protagonizado por Dyonathan. Em setembro de 2023, ele agrediu outro policial penal, fraturando o nariz do agente. Na ocasião, Dyonathan estava alterado e se recusava a retornar à cela. Ele se jogava contra as paredes, ameaçava matar os policiais e exigia erva de tereré, afirmando que, se não fosse atendido, causaria mais problemas aos funcionários.

Mesmo com a intervenção da equipe de segurança, ele resistiu, segurando-se nas portas e tentando golpear os policiais com socos e pontapés. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa e resistência.

 O passado de horror

Dyonathan, apelidado de "Maníaco da Cruz", ficou conhecido por uma série de homicídios cometidos em 2008, quando ainda era adolescente. Suas vítimas incluíram Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, Letícia Neves de Oliveira, de 22 anos, e Catalino Gardena, de 33 anos. O serial killer foi identificado após a polícia encontrar uma mensagem suspeita no Orkut de Gleice, escrita por ele com o nome “Dog Hell 666”.

Após a quebra de sigilo telefônico, a polícia descobriu que Dyonathan continuava ligando para a jovem mesmo após sua morte. Ele foi apreendido em outubro de 2008, na sua casa, e internado na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã. Anos depois, em 2013, ele fugiu para o Paraguai, mas foi recapturado e preso.

Dyonathan justificava seus crimes alegando que as vítimas não seguiam os preceitos de Deus. Catalino, segundo ele, era alcoólatra e homossexual, Letícia era travesti, e Gleice supostamente usava drogas.

Após sua apreensão, foi decretada a interdição de Dyonathan, e ele permanece internado no IPCG, sendo considerado inapto para retornar ao convívio social. Em um incidente recente, ele foi condenado por ameaçar um agente penitenciário, evidenciando sua periculosidade contínua.

O caso levanta preocupações sobre a segurança dos agentes e os desafios no manejo de detentos com distúrbios psiquiátricos graves dentro do sistema prisional.





Por: Vagner Luiz - Jornal  A Princesinha News





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