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A Polícia Civil de Campo Grande está investigando um caso de estelionato em que uma mulher é acusada de fingir ter câncer em estágio avançado para obter dinheiro de familiares. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na última terça-feira (15) na 6ª Delegacia de Polícia Civil, a suspeita teria convencido parentes a ajudá-la financeiramente, alegando precisar de recursos para custear o tratamento da doença. Uma das irmãs chegou a perder R$ 40 mil com a fraude.
Conforme o relato no B.O., em agosto deste ano, a suspeita afirmou que estava com câncer em estágio grave no reto, útero, ovário e rim, apresentando laudos médicos falsos e afirmando ter passado por cirurgias para a retirada de nódulos. Ela também alegou estar em tratamento quimioterápico e chegou a raspar a cabeça para simular os efeitos da quimioterapia.
A mulher disse à família que o plano de saúde não cobria os custos dos medicamentos e que, após perder o emprego em março, suas despesas aumentaram ainda mais, já que também ficou sem o plano de saúde. Preocupados com a situação, familiares e amigos fizeram empréstimos para ajudá-la, mobilizando-se para levantar fundos.
No entanto, a farsa foi descoberta em 1º de outubro, quando uma das irmãs decidiu verificar a autenticidade de um laudo médico que havia recebido. Ela levou o documento ao hospital do câncer Alfredo Abrão, onde foi constatado que o laudo era falso. O médico, supostamente responsável pelo atestado, não reconheceu o documento, e o nome da mulher não constava em nenhum banco de dados de pacientes em tratamento contra o câncer.
Após continuar investigando, a irmã descobriu que os exames e laudos apresentados não continham nenhum diagnóstico de câncer. A vítima relatou ter sido lesada em R$ 40 mil, e outros familiares também sofreram prejuízos financeiros.
O caso foi registrado como estelionato e falsidade ideológica, e a Polícia Civil está conduzindo as investigações para apurar todos os detalhes da fraude.