Uma criança de 6 anos, que sofreu um ataque massivo de abelhas em uma chácara de Sidrolândia, a 68 km de Campo Grande, sobreviveu a 1.100 picadas, desafiando todas as expectativas médicas. O caso aconteceu no dia 1º de dezembro, quando a vítima estava acompanhada do padrasto no local.
A gravidade do quadro fez com que a menina fosse transferida com urgência para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. De acordo com o médico Sandro Benites, do CIATOX (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), a situação era extremamente delicada. "Mais de 100 picadas já podem ser letais em crianças. Para adultos, 500 picadas podem levar ao óbito. Mais de 1.000 picadas podem matar até animais de grande porte, como bois e cavalos", explicou.
Durante o tratamento, a menina ficou em coma, respirando com ajuda de ventilação mecânica e passou por sessões de hemodiálise para combater os efeitos da intoxicação. Contudo, nesta quarta-feira (11), uma reviravolta trouxe esperança: a criança acordou e, agora, respira apenas com auxílio de oxigênio suplementar.
"Coordenadores de centros de intoxicação de todo o Brasil participaram do tratamento. Graças ao suporte avançado de vida, ela conseguiu sair da ventilação mecânica", revelou Benites.
Embora a fase mais crítica tenha sido superada, a recuperação ainda será um processo longo. A intoxicação foi controlada, mas a menina precisará de acompanhamento contínuo para reabilitação completa. O tempo de internação necessário ainda é incerto, mas o desfecho positivo inspira médicos e familiares.
O caso impressiona pela resistência da criança e pela eficácia do atendimento médico, tornando-se um exemplo de superação diante de um quadro tão grave.
Por: Julia Fernandes - Jornal A Princesinha News
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