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Mãe de brasileiro desaparecido no Mianmar: “Um mês que não falo com ele”

                                                                Foto: Reprodução



A mãe do paulista Luckas Kim, de 31 anos, vítima de tráfico humano no Mianmar, no leste asiático, diz que está há um mês sem falar com o filho.


Em entrevista ao Metrópoles, Cleide Viana contou que ficou sabendo das condições de exploração que o filho se encontra após uma ligação de cerca de quatro minutos realizada no dia 27 de outubro.


Segundo a mulher, ele, que já vivia na Ásia, foi enganado com falsas promessas de emprego e está “sendo explorado, torturado e forçado a cometer crimes contra a própria vontade”.

Após o contato em outubro, ela afirmou que não recebeu mais notícias e então passou a mandar e-mails para a embaixada de Mianmar, para o Itamaraty, para alguns deputados e até uma carta para o presidente Lula.


Lucas teria ligado para a mãe novamente no dia 8 de dezembro e contou que seus “chefes” pediram 20 mil dólares (cerca de R$ 122 mil) para liberá-lo. Por isso, ela abriu uma vaquinha online para arrecadar dinheiro e resgatar o filho.


O valor arrecadado, segundo a mulher, também ajudaria a custear passagens, apoio jurídico, traduções e “até negociações com intermediários”.


Esforços do Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores (MRE – Itamaraty) afirmou, em nota, no dia 17 de dezembro, que acompanha o caso e que está em contato com as autoridades competentes, incluindo policiais e familiares de Luckas.


No posicionamento, a pasta disse ainda que, nas semanas anteriores, havia realizado diversas gestões junto ao governo de Mianmar, com visitas para resgatar o paulista, operação que é de competência dos policiais locais, segundo o MRE.


Cleide afirmou, nessa segunda (6/1), que a embaixada brasileira a informou estar em negociação com o país asiático. “Eles falam que é um lugar perigoso e tem que ter cuidado nas negociações para não prejudicar os meninos”, disse.


A mãe pediu insistência no contato com a embaixada e com o Itamaraty, “pois eles irão ver que o caso não está esquecido”.


Por: Julia Fernandes - Jornal A Princesinha News 



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