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O recém-empossado prefeito de Naviraí, Rodrigo Sacuno (PL), revelou uma situação alarmante nas contas públicas do município. Relatórios apresentados pela nova gestão apontam um rombo financeiro de R$ 15,2 milhões, incluindo dívidas com fornecedores e o não pagamento de contribuições relacionadas ao plano de saúde dos servidores.
De acordo com Sacuno, a administração anterior, comandada por Rhaiza Matos (PSDB), deixou apenas R$ 2 milhões em caixa, valor insuficiente para cobrir as despesas básicas de janeiro. "Tivemos de vir a público mostrar essa situação e a irresponsabilidade da gestão anterior que esteve até o último dia pregando informações falsas", declarou o prefeito ao jornal Correio do Estado.
Principais dívidas identificadas
Conforme o relatório, as dívidas incluem R$ 8,2 milhões com fornecedores e um total de R$ 5,4 milhões de valores descontados dos salários dos servidores – como empréstimos consignados, contribuições ao plano de saúde (Cassems) e INSS – que não foram devidamente repassados.
"O dinheiro foi retirado do salário dos servidores e não foi usado para pagar os bancos, a Cassems e o INSS. Isso é o mais grave", enfatizou o prefeito. Além disso, há R$ 3,4 milhões em dívidas previdenciárias que já estavam empenhadas, mas não foram pagas.
Impactos financeiros e estruturais
A previsão de arrecadação para janeiro é de R$ 13 milhões, enquanto a folha de pagamento deve consumir R$ 12 milhões. Com apenas R$ 2 milhões disponíveis em caixa, Sacuno prevê cortes rigorosos e busca alternativas para evitar a paralisação de serviços essenciais à população.
Outro ponto crítico apontado pela nova gestão foi o estado precário da frota municipal. Dos 24 ônibus disponíveis, apenas quatro estão em condições de uso.
Controvérsia sobre recursos disponíveis
Antes de deixar o cargo, Rhaiza Matos afirmou que deixava R$ 30 milhões em caixa. No entanto, segundo a equipe de Rodrigo Sacuno, esses recursos são verbas vinculadas e emendas parlamentares, não podendo ser utilizadas para despesas de custeio.
A ex-prefeita também realizou a rescisão trabalhista de ex-secretários, gerando um custo de quase R$ 1 milhão com indenizações.
Denúncia ao MPMS e TCE-MS
Diante da situação, Sacuno informou ter reportado o caso ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS). A ex-prefeita Rhaiza Matos, por sua vez, afirmou que fará uma live para rebater as acusações, alegando que não aceitará ter sua imagem prejudicada.
A população aguarda as próximas ações da nova administração, que terá como desafio reorganizar as finanças do município e garantir o funcionamento dos serviços públicos.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News