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Prefeita de Campo Grande rejeita reajuste salarial e promete recorrer à Justiça

Foto: Diário do Poder 

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), anunciou que irá recorrer à Justiça contra o reajuste de 96% no seu salário, que passará de R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62 a partir de fevereiro de 2025. Com o aumento, Adriane se tornará a prefeita mais bem remunerada entre todas as capitais brasileiras, superando o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que receberá R$ 38.039,38 mensais no mesmo período.

A decisão sobre o aumento salarial foi estabelecida pela Lei Municipal nº 7005/2023, aprovada por 26 votos a 2 na Câmara de Vereadores. Segundo o texto, a medida visa corrigir distorções salariais e evitar perdas para 408 servidores municipais cujas remunerações estão vinculadas ao teto definido pelo subsídio do prefeito. De acordo com a nota oficial divulgada pela prefeita na noite deste sábado (4), alguns desses servidores estavam sem reajuste há mais de uma década, tornando a adequação necessária.

Apesar disso, Adriane sempre se posicionou contra o aumento de seu próprio salário. Em nota, a prefeita relembrou que já havia entrado com uma ação judicial na tentativa de limitar o reajuste exclusivamente ao funcionalismo público. “Desde o início, manifestei minha posição contrária ao aumento do meu subsídio, defendendo que o benefício fosse restrito apenas aos servidores”, declarou.

Caso não consiga reverter a decisão judicialmente, a prefeita prometeu doar integralmente o percentual reajustado, cerca de R$ 20.580,00, para instituições sociais que atuam nas áreas de educação, saúde e assistência social. A atitude segue um exemplo histórico na política de Mato Grosso do Sul, como o do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que, em 2018, doou metade de seu salário para entidades sociais.

O aumento salarial gerou polêmica em Campo Grande, especialmente entre categorias de base do funcionalismo, como os professores, que reivindicam melhores condições de trabalho. No entanto, os vereadores favoráveis justificaram a aprovação como necessária para corrigir a defasagem salarial das autoridades municipais. O reajuste mantém os vencimentos da prefeita abaixo do teto salarial do funcionalismo público brasileiro, fixado pelo subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que será de R$ 46.366,19 a partir de fevereiro de 2025.

Adriane Lopes reiterou seu compromisso com a responsabilidade social e a valorização do funcionalismo público, enfatizando que sua decisão de doar o reajuste reforça seu compromisso ético com a população de Campo Grande.



Por: Lucas Lima - Jornal A Princesinha News




*Campo Grande News*

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