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A relação entre a Igreja Evangélica Assembleia de Deus Missões de Campo Grande e a administração municipal tem se mostrado estreita, com a nomeação de pelo menos 12 pastores para cargos na prefeitura. A igreja é frequentada pela prefeita Adriane Lopes (PP), reeleita em 2024, e destacou sua vitória em um comunicado oficial.
Entre os nomeados, estão Hemerson Ortiz da Mota, primeiro vice-presidente da igreja, que assumiu a coordenação do Cras Moreninha II; e Marcos Ferreira Chaves de Castro, co-pastor da direção do templo, que já ocupou cargos no gabinete da prefeita e na Secretaria Municipal de Assistência Social.
Outros nomes incluem Jorge Luís Franco, que passou a coordenar um Centro de Referência de Assistência Social; Julinei Herao Ferreira, lotado na Secretaria Municipal de Saúde; e Emerson Marques do Amaral, com passagem relâmpago pela Agência Municipal de Habitação.
O conselho administrativo da Assembleia de Deus Missões também tem representantes no poder municipal, como Moacir Frank da Costa e Jusley Gonçalves Lopes, ambos nomeados para cargos comissionados.
Em janeiro de 2025, mais cinco pastores foram nomeados: Enoque Camposano e Ciro Vieira Ferreira para a Agetran; Emerson Irala de Souza para a Secretaria de Educação; Jadir Cabral na Secretaria Especial da Casa Civil; e Fausto Azevedo Tlaes, assessor executivo.
A igreja Assembleia de Deus Missões é liderada pelo pastor Antonio Dionízio da Silva desde 1991. Em 2020, Dionízio esteve no centro de uma polêmica devido a um vídeo em que dá um tapa no bumbum de uma ex-funcionária da igreja, o que gerou protestos entre os fiéis.
Com 20 subsedes em Campo Grande, a igreja tem lideranças influentes, como Moacir Frank no Aero Rancho e Julinei Herao no Santo Eugênio.
Falta de Esclarecimentos
A reportagem buscou esclarecimentos da Prefeitura de Campo Grande sobre os critérios de nomeação, mas não obteve resposta. A Assembleia de Deus Missões também não respondeu aos contatos realizados por e-mail e WhatsApp.
A equipe de reportagem esteve no templo, localizado na Rua Brilhante, mas encontrou o local fechado. No setor administrativo, informaram que a diretoria não estava presente e que não poderiam fornecer contatos.
O espaço segue aberto para eventuais manifestações das partes envolvidas.