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Ana Carolina Brites, de 27 anos, foi indiciada pelos crimes de lesão corporal grave, uso de produto medicinal sem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), indução do consumidor ao erro e uso de documento falso. A investigação foi conduzida pela 2ª Delegacia de Polícia Civil após quatro mulheres relatarem graves complicações após procedimentos estéticos realizados por ela em um salão de beleza em Campo Grande.
Procedimentos irregulares e sequelas graves
Apresentando-se como biomédica e esteticista, Ana Carolina realizava preenchimentos labiais sem ter formação superior. As vítimas precisaram de atendimento médico, algumas foram internadas e, em um dos casos, a complicação exigiu uma traqueostomia. Um laudo do IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal) revelou que uma das pacientes sofreu deformidade permanente devido à fibrose na região mandibular, caracterizando lesão gravíssima.
Valores abaixo do mercado e investigação
Segundo apurado, os procedimentos eram oferecidos a preços muito abaixo do mercado. Uma paciente pagou R$ 350, outra R$ 500, enquanto uma terceira realizou permuta no valor de R$ 600, trocando o preenchimento por serviços de unha e cílios. Durante as investigações, a polícia encontrou em sua residência diversos medicamentos de uso estético restrito a profissionais habilitados, armazenados de forma irregular, além de produtos importados ilegalmente e sem registro na Anvisa. Também foi localizado um diploma falso de esteticista.
Medidas legais e possíveis penas
Com as evidências reunidas, a Justiça determinou a proibição de Ana Carolina atuar na área. Agora, o Ministério Público deve decidir por quais crimes será denunciada. As penas mínimas somadas ultrapassam dez anos de prisão, podendo chegar a mais de 25 anos.
Defesa da investigada
Em setembro, Ana Carolina se manifestou publicamente pela primeira vez sobre o caso. Em nota, alegou que nunca se identificou como biomédica, apesar de usar esse título em redes sociais e realizar procedimentos injetáveis, que só são permitidos para dermatologistas, dentistas e biomédicos, segundo o CFBM (Conselho Federal de Biomedicina). Ela também afirmou que, desde os primeiros relatos de reações adversas, prestou suporte às pacientes conforme os padrões profissionais e éticos.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News