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CampoGrandeNews |
Conforme o site CampoGrandeNews, O pintor Lucas Ribeiro Maranhão, de 29 anos, passou por momentos de desespero na tarde da última terça-feira (18) ao ser arrastado por cerca de 800 metros pela enxurrada no Lago do Amor, em Campo Grande, devido ao desmoronamento do asfalto causado pela forte chuva.
Lucas, que passava de bicicleta pelo local, sofreu uma fratura no joelho e diversas escoriações pelo corpo. Ele foi socorrido e encaminhado à Santa Casa, onde passou por cirurgia e, após receber alta, já se recupera em casa.
"Achei que ia morrer"
Em entrevista, o pintor relatou o pavor do momento em que foi tragado pela correnteza. "Achei que ia morrer. Quando desmoronou tudo e fui puxado pela água, não consegui segurar em nada. Só depois, quando já estava lá embaixo, bem longe, me agarrei em galhos de árvore, nadei, consegui sair sozinho e chegar até o asfalto para pedir ajuda", contou.
O mecânico Dione Ribeiro Diniz foi um dos primeiros a prestar socorro a Lucas antes da chegada do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Segundo ele, a vítima estava em estado de choque, com ferimentos pelo corpo, sinais de fratura na perna e sangramento intenso. Lucas conseguiu atravessar a rua e pedir ajuda, apesar do frio e do grande volume de água que havia ingerido.
Prejuízos materiais
Além dos ferimentos, Lucas perdeu a mochila, botas, carteira e celular, que foram levados pela água. Sua bicicleta, principal meio de transporte para o trabalho, foi encontrada no dia seguinte, completamente destruída, sem banco, guidão e com a roda retorcida.
Ele contou que passa pelo trecho há três anos e já havia visto a área alagada outras vezes, inclusive em outro episódio de desmoronamento, mas nunca imaginou que enfrentaria situação tão dramática. “Foi complicado. Perdi tudo”, lamentou.
Histórico de tragédias
Não é a primeira vez que um acidente do tipo ocorre na Capital. Em dezembro de 2015, Everton Vieira da Silva, de 23 anos, foi arrastado pela enxurrada na Avenida Gury Marques, caiu em um bueiro aberto e não resistiu. Seu corpo foi encontrado apenas no dia seguinte, no Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel.
O caso de Lucas chama a atenção para os riscos que as chuvas intensas representam em pontos críticos da cidade, reforçando a necessidade de medidas preventivas para evitar novas tragédias.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News