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| Dracco |
Um adolescente de 14 anos, morador de Campo Grande (MS), está entre os alvos da Operação Adolescência Segura, deflagrada nesta terça-feira (15) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que promovia "brincadeiras" perigosas na internet, incentivando crianças e adolescentes a praticarem atos violentos, que podiam até resultar em morte.
Em Mato Grosso do Sul, a operação foi conduzida pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), que cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao adolescente. Segundo as autoridades, o garoto foi localizado e confessou participação na quadrilha. Apesar disso, não houve ordem judicial para sua apreensão.
A investigação, que começou em fevereiro deste ano, teve início após um crime chocante no Rio de Janeiro: um morador de rua foi atacado com dois coquetéis molotov enquanto dormia e teve 70% do corpo queimado. O ataque foi filmado e transmitido ao vivo em uma plataforma online. A partir desse episódio, a polícia descobriu uma estrutura criminosa atuando em diversas plataformas digitais, com foco na manipulação e aliciamento de menores de idade.
De acordo com os investigadores, a organização promovia desafios que incentivavam automutilação coletiva, crueldade contra animais, incitação ao ódio e até apologia ao nazismo. Os participantes recebiam recompensas internas como forma de estímulo à prática dos crimes. A atuação dos criminosos envolvia técnicas de manipulação psicológica, criando um ambiente de extremo risco à saúde mental e física de crianças e adolescentes.
Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão temporária e 7 medidas de internação provisória de adolescentes infratores nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.
Os envolvidos responderão por crimes como tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, maus-tratos a animais, divulgação de pornografia infantil, apologia ao nazismo e outros crimes de ódio. Segundo a polícia, trata-se de uma das maiores organizações criminosas cibernéticas do país, com estrutura sofisticada e atuação nacional.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News
