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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), realizará no dia 29 de maio, às 19h, uma audiência pública para apresentar e discutir os possíveis impactos ambientais, sociais e econômicos da nova fábrica de celulose da Bracell, que será implantada no município de Bataguassu.
O encontro acontecerá no Ginásio de Esportes do CEJA, localizado na Avenida Frei Luís, 533, no Residencial Modelo I, e faz parte de uma etapa obrigatória do processo de licenciamento ambiental do empreendimento. A audiência será aberta à participação da comunidade, autoridades locais, representantes da empresa e de órgãos ambientais, reforçando o compromisso com a transparência e a participação social.
Segundo o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-RIMA), já protocolado no Imasul e disponível no site oficial do Instituto, a nova planta industrial representará um investimento de R$ 16 bilhões e terá um prazo estimado de 38 meses para ser concluída. A unidade será instalada a aproximadamente 9 km da zona urbana de Bataguassu, próxima à rodovia MS-267, e a cerca de 3,9 km do Rio Paraná, de onde será feita a captação de água para o processo industrial.
De acordo com os dados do RIMA, a fábrica utilizará cerca de 12 milhões de metros cúbicos de eucalipto por ano como matéria-prima. A área diretamente afetada pelo empreendimento totaliza 1.318 hectares, sendo em sua maioria pastagens já degradadas.
A produção da nova unidade poderá seguir dois modelos: um exclusivamente voltado à fabricação de celulose para papel, com capacidade de até 2,92 milhões de toneladas por ano, e outro que combina celulose para papel e celulose solúvel, alcançando 2,6 milhões de toneladas anuais. Em anos com parada geral de manutenção, a produção será levemente reduzida.
Apesar da elevada captação de água prevista, a Bracell afirma que 90% do volume utilizado será tratado e devolvido ao Rio Paraná, sem a necessidade de construção de barragens.
Durante o pico das obras, estima-se que cerca de 12 mil trabalhadores sejam empregados na construção da fábrica. Após o início da operação, a planta deverá gerar aproximadamente 2 mil empregos, entre diretos e indiretos.
Para acomodar os profissionais vindos de outras localidades, a empresa planeja construir dois alojamentos, cada um com capacidade para até 5 mil pessoas, organizados em módulos independentes. Parte da mão de obra também poderá ser hospedada na rede hoteleira local ou em imóveis do município.
Com a realização da audiência pública, o Imasul reforça a importância da escuta pública no processo de licenciamento, promovendo o acesso às informações técnicas e permitindo que a sociedade se manifeste com dúvidas, sugestões ou preocupações a respeito do empreendimento.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News