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Mato Grosso do Sul alcançou em 2024 o melhor desempenho entre todos os estados brasileiros na redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis em veículos leves. O feito se deve ao aumento expressivo do uso de etanol, conforme aponta o estudo inédito “Descarbonização da Matriz de Combustíveis”, elaborado pela FGV Bioeconomia.
Segundo o levantamento, o estado registrou uma queda de 6,6% nas emissões de CO₂ equivalentes no Ciclo Otto (categoria que inclui veículos movidos a gasolina, etanol ou gás natural), totalizando 1.801.440 toneladas emitidas no período. Se não fosse o consumo de etanol, as emissões teriam sido 40% maiores — o que representa a mitigação de 734 mil toneladas de CO₂ em apenas um ano.
Com esse resultado, Mato Grosso do Sul superou estados com frotas maiores e tradição no uso de biocombustíveis, como São Paulo (-5,9%), Goiás (-3,0%) e Minas Gerais (-1,1%).
A base dessa conquista está no crescimento acelerado do consumo de etanol hidratado no estado. Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram que o estado consumiu 369 milhões de litros do biocombustível em 2024 — um aumento de 87% em relação a 2023. Paralelamente, o consumo de Gasolina C teve uma queda de 12%.
Com isso, a participação do etanol na matriz de combustíveis estadual subiu de 19% para 34%, evidenciando uma mudança significativa nos hábitos de consumo. Essa transformação foi impulsionada por uma combinação de fatores econômicos, ambientais e institucionais.
“O estudo da FGV confirma que o caminho da descarbonização passa obrigatoriamente pelos biocombustíveis. E Mato Grosso do Sul mostra que isso é viável, com resultados concretos”, afirmou Amaury Pekelman, presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado).
Desde 2022, medidas como a redução da alíquota de ICMS sobre o etanol vêm contribuindo para tornar o combustível renovável mais competitivo em relação à gasolina, incentivando a transição para uma matriz energética mais limpa no estado.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News
