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Acompanhado por advogados, o motorista da caminhonete que atropelou e matou Marinalva Martins da Nóbrega, de 52 anos, se apresentou na manhã desta quarta-feira (09) na Delegacia de Polícia de Nova Andradina, município a cerca de 300 quilômetros de Campo Grande. Durante o interrogatório, o condutor optou por permanecer em silêncio.
O acidente aconteceu no último sábado (05), no cruzamento das ruas São José e José Pereira Sobrinho. Conforme informações do site Jornal da Nova, Marinalva atravessava a via quando foi atingida pela caminhonete. O motorista, ao realizar uma conversão proibida à esquerda, invadiu a contramão e atropelou a mulher.
A vítima foi arremessada ao chão e socorrida ainda com vida pelo Corpo de Bombeiros, sendo levada para atendimento no Hospital Regional. O motorista, em estado de choque, tentou prestar socorro e também precisou de atendimento médico. No entanto, Marinalva não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois, ainda na noite de sábado. Ela era adventista e completaria 53 anos no próximo dia 17 de abril.
Suspeitas sobre conduta policial
Testemunhas relataram ao Jornal da Nova que, quando a Polícia Militar chegou ao local do acidente, a caminhonete já não estava mais posicionada da mesma forma, o que pode ter comprometido a preservação da cena do crime. Além disso, o condutor não foi levado à Delegacia nem submetido ao teste do bafômetro. A ocorrência foi inicialmente tratada como lesão corporal, já que a vítima ainda estava viva, e só foi comunicada à Polícia Civil após o falecimento de Marinalva, cerca de seis horas depois, pela funerária.
Família busca apuração no Ministério Público
O filho da vítima, Ewerton Junior Martins da Nóbrega, que é defensor público no estado de Mato Grosso, procurou o Ministério Público Estadual (MPE) para solicitar a abertura de um procedimento investigativo quanto à atuação da Polícia Militar no caso. Segundo o advogado da família, Guilherme Rodrigues Pereira, os questionamentos envolvem a suposta falha no cumprimento de protocolos essenciais, como a preservação do local, o teste de alcoolemia e a condução do motorista à delegacia.
Guilherme informou ainda que deve protocolar, nos próximos dias, um ofício na Delegacia de Polícia Civil requisitando uma série de diligências. A Polícia Civil segue investigando o caso, com análise de imagens e realização de perícias.
A morte de Marinalva comoveu a comunidade local e levanta debates sobre a condução de investigações em casos de acidentes de trânsito com vítimas fatais.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News