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Mulher é presa pela Polícia Civil por exercício ilegal da medicina e uso de substâncias proibidas em MS

Foto: PCMS


A atuação rápida da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, em parceria com a Vigilância Sanitária Municipal, impediu que mais pessoas fossem expostas a procedimentos estéticos realizados de forma clandestina e sem qualquer segurança. Uma mulher de 31 anos foi presa em flagrante na tarde desta segunda-feira (15), no bairro Piratininga, em Campo Grande, por suspeita de atuar ilegalmente como profissional da saúde.

O caso, investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (DECON), chamou a atenção pela ousadia da mulher, que oferecia tratamentos estéticos complexos e de alto risco, como aplicação de ácido botulínico, ácido hialurônico e até PMMA — substância com uso altamente restrito, que pode causar deformações permanentes e sérios danos à saúde.

A suspeita mudava constantemente de endereço, dificultando a ação das autoridades. No entanto, após o depoimento de uma vítima e monitoramento da movimentação de clientes que buscavam serviços comuns como cílios e tratamentos capilares, os investigadores conseguiram localizar o novo ponto onde a mulher atuava. A prisão ocorreu logo após ela realizar um procedimento conhecido como Skinbooster, que deve ser feito apenas por médicos habilitados.

O local funcionava sem qualquer condição sanitária mínima. Durante a operação, foram apreendidos materiais como agulhas, ácidos e até substâncias proibidas no país, como o Lipostabil, usado ilegalmente para emagrecimento. Também foi constatado o descarte irregular de materiais contaminantes, um grave risco à saúde pública, especialmente aos trabalhadores da coleta de lixo.

A DECON também investiga indícios de hiperdiluição dos produtos utilizados, o que além de reduzir a eficácia dos procedimentos, representa perigo real para os pacientes. Embora tenham sido encontradas notas fiscais de parte dos insumos, afastando a hipótese de furto, os produtos não tinham autorização para uso em procedimentos médicos realizados por leigos.

O estabelecimento foi interditado e lacrado pela Vigilância Sanitária. A mulher será apresentada à audiência de custódia e poderá responder por diversos crimes, incluindo exercício ilegal da medicina, venda de produtos impróprios para o consumo e exposição da saúde alheia a risco.

As autoridades alertam a população sobre a importância de verificar a formação profissional e a regularização de locais que oferecem procedimentos estéticos, especialmente os que envolvem aplicação de substâncias no corpo. A promessa de preços baixos pode esconder um risco muito alto para a saúde — e, em casos extremos, até à vida.



Por: Redação - Jornal A Princesinha News

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