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A Polícia Civil de Alagoas alterou a linha de investigação sobre o desaparecimento da bebê Ana Beatriz, de apenas 18 dias de vida. A mãe da criança, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, passou de vítima a suspeita no caso, que inicialmente foi tratado como sequestro.
Eduarda afirmou, em um primeiro momento, que a filha havia sido levada por criminosos durante uma abordagem na BR-101, em Novo Lino (AL), na última sexta-feira. No entanto, a jovem apresentou ao todo cinco versões diferentes do ocorrido, o que levantou suspeitas por parte das autoridades.
De acordo com o delegado João Marcello, da Dracco (Diretoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado), imagens de câmeras de segurança e o depoimento de três testemunhas contradizem a versão inicial de Eduarda. “Todas disseram que ela saiu de casa direto para a casa da vizinha, sem a criança, e que nenhum carro passou em baixa velocidade na rodovia”, afirmou.
Na versão mais recente, dada ontem segunda-feira (14), Eduarda alegou que teria dormido com o portão aberto e que dois homens encapuzados invadiram a residência, abusaram sexualmente dela e raptaram a bebê. No entanto, vizinhos não relataram movimentação suspeita, e as câmeras da região não registraram qualquer indício dessa ocorrência.
O delegado Igor Diego, também da Dracco, afirmou que a polícia dedicou todos os esforços para verificar as informações passadas pela mãe. “Sempre que mostramos que algo não batia, ela apresentava uma nova versão”, disse. A hipótese de que a bebê tenha morrido e a mãe escondido o corpo está sendo considerada. Segundo ele, há relatos de que Ana Beatriz não dormiu na noite de quarta para quinta-feira, e vizinhos disseram não ter ouvido ou visto a criança desde então.
Na tarde de segunda-feira, Eduarda precisou ser levada de ambulância a uma unidade de saúde após apresentar sinais de debilidade. “Ela está muito abalada. Não tratamos ela como culpada ou inocente, mas como uma pessoa humana. Se houver responsabilidade, as providências serão tomadas”, declarou Diego.
Buscas com cães farejadores foram realizadas nas imediações da casa da mãe, mas até o momento o paradeiro da bebê segue desconhecido. O caso mobilizou dezenas de policiais e causou comoção em todo o estado, com moradores participando de correntes de oração pela menina.
O advogado de defesa da mãe, José Wellington, afirmou que Eduarda recebeu prescrição de antidepressivos após atendimento médico e destacou que ela está fragilizada. “Ela está sem se alimentar, sem tomar água, muito fraca. O que mais importa agora é encontrar a criança”, disse.
O secretário de Segurança Pública de Alagoas, Flávio Saraiva, acompanha pessoalmente o caso. O sistema Amber Alert, do Ministério da Justiça, foi acionado e está emitindo alertas nas plataformas da Meta (Facebook, Instagram e Threads) para usuários em um raio de até 160 km do local do desaparecimento.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News