![]() |
Tjms |
A decisão foi tomada nesta terça-feira (15) por unanimidade pelos desembargadores Luiz Tadeu Barbosa Silva, Elisabeth Rosa Baisch e Luiz Tadeu Barbosa Silva. A quantia de R$ 240 mil será dividida igualmente entre os três filhos da vítima, com R$ 80 mil para cada um. A pensão destinada à viúva será equivalente a dois terços do salário mínimo, paga mensalmente até que ela complete 75 anos.
Segundo o advogado da família, Robson Martiniano Marques Roberto, o julgamento do recurso resultou na reforma da sentença para incluir o pagamento da pensão, inicialmente não concedido. Em agosto de 2024, o juiz Wilson Leite Corrêa, da 5ª Vara Cível de Campo Grande, havia condenado Patrola ao pagamento de R$ 90 mil a cada filho e R$ 60 mil à viúva, além de R$ 5,4 mil por danos materiais.
A defesa de Patrola recorreu da decisão alegando ausência de provas que relacionassem diretamente o caminhão da ALS ao acidente. Segundo os advogados, as testemunhas ouvidas não presenciaram o ocorrido e apenas associaram o veículo ao acidente devido à coloração branca dos pneus — supostamente manchados pela cal do acostamento onde o atropelamento aconteceu.
Em contrapartida, a defesa da família afirmou que as provas apresentadas são categóricas. De acordo com os autos, a apuração policial e as provas colhidas na instrução do processo comprovaram a imprudência do motorista do caminhão, apontando essa conduta como a causa exclusiva do acidente. "Portanto, não há dúvidas de que o caminhão da empresa apelante foi o causador do acidente", sustentou a defesa.
O acidente ocorreu em 17 de dezembro de 2016, na rodovia MS-080, próximo à entrada para Rio Negro. Conforme consta no processo, a vítima, um homem de 50 anos, foi atropelada por um caminhão bi-trem azul da ALS Transportes. O boletim de ocorrência da época registrou o caso como homicídio culposo na direção de veículo automotor.
Uma testemunha que conhecia a vítima relatou ter visto o caminhão ultrapassando a motocicleta e, logo em seguida, encontrou os dois ocupantes da moto caídos e gravemente feridos à margem da rodovia. Ainda segundo o relato, o caminhão não parou para prestar socorro e seguiu em direção à fazenda Vitória, pertencente a Patrola.
Para a família, a conduta do motorista da ALS causou danos materiais e morais irreparáveis. "A dor e o sofrimento pela morte de seu amado companheiro e pai de família são elementos suficientes para caracterizar o dano moral experimentado pelos requerentes", destacou a petição apresentada no processo.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News