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No dia 5 de abril, uma mulher de 40 anos foi atacada pelo ex-namorado em Campo Grande. Ela levou seis facadas, uma delas nas partes íntimas, na frente da própria neta, que ficou em estado de choque. Mesmo após a brutalidade, o autor foi solto com tornozeleira eletrônica, o que gerou temor na vítima, já que ele havia prometido voltar para matá-la. Após novo pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o agressor foi novamente preso.
Poucos dias depois, em 14 de abril, uma professora de São Gabriel do Oeste também foi vítima de tentativa de feminicídio. O ex-namorado, com várias passagens policiais, a atacou com seis facadas diante do filho de 9 anos. A mulher teve o pulmão e o útero perfurados, sendo transferida em estado grave para a Santa Casa de Campo Grande. O autor ainda está foragido.
Já na noite de 16 de abril, uma jovem de 20 anos foi esfaqueada pelo ex-namorado em Coxim, a 253 km da capital. A vítima correu até um bar para pedir socorro após ser atingida no abdômen, virilha, perna, joelho e braço. Ela tinha medida protetiva contra o agressor, mas havia retornado à casa onde ambos moravam anteriormente. O homem a surpreendeu no banheiro da residência, segundo testemunhas.
Feminicídios em números
Conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), até o fim de março, uma mulher foi morta a cada sete dias em Mato Grosso do Sul. Já foram registrados sete feminicídios em 2024:
Karina Corim (Caarapó) – 4 de fevereiro
Vanessa Ricarte (Campo Grande) – 12 de fevereiro
Juliana Domingues (Dourados) – 18 de fevereiro
Miriele dos Santos (Água Clara) – 22 de fevereiro
Emiliana Mendes (Juti) – 24 de fevereiro
Gisele Cristina Oliskowiski (Campo Grande) – 1º de março
Alessandra da Silva Arruda (Nioaque) – 29 de março
Apesar de o Estado contabilizar 19 dias sem novos feminicídios até abril, as tentativas brutais nos últimos dias mostram que o perigo continua constante. As vítimas sobreviventes carregam não apenas as marcas físicas, mas também o trauma e o medo de viver sob ameaça.
As autoridades reforçam a importância da denúncia e do uso de medidas protetivas, mas os casos mostram que ainda há um longo caminho a percorrer para garantir a segurança e a vida das mulheres em Mato Grosso do Sul.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News