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Natural de Anastácio, Jorge era uma figura muito querida na região. Conhecido por sua alegria e disposição em ajudar, era presença constante e reconfortante para quem frequentava a propriedade onde trabalhava. “Todo mundo gostava dele, por isso essa repercussão toda. Estava sempre com muita alegria. O que você precisasse, se ele pudesse, te ajudava”, contou Valmir.
A relação com a família também era marcada pelo carinho e proximidade, principalmente com a irmã, esposa de Valmir. Segundo ele, Jorge mantinha contato frequente com ela e demonstrava afeto em pequenos gestos, como ao colher e preparar uma caixa de limões especialmente para ela. “Ele lacrou a caixa e falou: ‘isso aqui é para minha irmã, não deixa ninguém mexer’”, lembrou o cunhado.
Jorge morava sozinho na propriedade por escolha própria. Segundo Valmir, ele era bastante organizado e preferia cuidar de tudo por conta própria. “Era sistemático. As coisas dele eram todas limpinhas e certinhas, então se colocasse um ajudante não ia dar certo”, explicou. A companheira de Jorge não morava com ele devido a problemas de saúde, o que tornava inviável a vida no local isolado do Pantanal.
Mesmo solitário na rotina, Jorge era apaixonado pelo trabalho. Antes de atuar como caseiro, foi desossador em um frigorífico e também trabalhou como cozinheiro em uma chalana com Valmir. “Aqui era a paixão dele. Gostava muito do que fazia e era muito querido”, afirmou.
Apesar da presença frequente de onças na região, Jorge nunca demonstrou medo. “Ele não tinha medo nenhum. As onças viviam rondando a casa. Nem eu tinha medo, agora que fiquei com mais receio”, confessou Valmir, emocionado.
O legado de Jorge Ávalo permanece entre os que conviveram com ele: uma pessoa de coração generoso, sempre disposta a estender a mão e espalhar alegria.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News